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Penetração

O mundo dormita
Meus ossos brindam pousados no colchão
A cada estalido fende a terra
Na poeira, lá vou
Ínfimo grão quicando o solo
Chacoalho até o mar
Noto o firmamento bordado por diminutas lanternas
Tatuíras rasgam a areia por onde desapareço
Da revolução marítima emerjo
Coração latejante
Susto e milagre
Eis a poesia

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